"Quanto tempo uma pessoa pode passar olhando para o mar,
mesmo sendo o mar que ela ama desde criança? Quanto tempo ela
pode ficar vendo a maré subir e descer sem se lembrar, como se
lembraria qualquer um num devaneio à beira-mar, que a vida
fora dada a ele, como a todos, de modo aleatório e fortuito, e
apenas uma vez, sem nenhum motivo conhecido ou passível de ser
conhecido?” (ROTH, Philip. Homem Comum. São Paulo: Companhia
das Letras, 2007, p. 92).
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