“(…)
Sou anterior a deuses transitórios: eles dentro em mim nascem;
dentro em mim duram; dentro em mim se transformam; dentro em mim se
dissolvem: e eternamente permaneço em torno deles e superior a
eles, concebendo-os e desfazendo-os, no perpétuo esforço
de realizar fora de mim o Deus absoluto que em mim sinto. Chamo-me a
Consciência; sou neste instante a tua própria
consciência refletida fora de ti, no ar, e na luz, e tomando
ante teus olhos a forma familiar, sob a qual, tu, mal educado e pouco
filosófico, estás habituado a compreender-me... Mas
basta que te ergas e me fites, para que esta imagem resplandescente
de todo se desvaneça”. (QUEIROZ, Eça de. A Relíquia.
São Paulo: Klick Editora, 1998, p. 202).
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